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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Pedaços do Sul (1995) - Carreirada em cancha reta

Carreirada em cancha reta numa tarde de domingoDisputa de dois pingos coisa bem tradicional
Chegam de biqueira tira a capa bota o freio
Se cortam no jardeio pois nenhum quer sair mal
Lá no fim do laço o povo grita “ se vieram”
Os julgador esperam por qual que chega primeiro
Em breve a conferência se discute e se debate
Foi dado por empate na palavra do terceiro

Pequeno rebuliço deu por caus’do resultado
Uns inconformado não aceitam muito bem
Tinha jogo por fora e foi anunciado pro povo
Focou atada de novo para o domingo que vem
Se faz nas leis do jogo quando nestas ocasião
Nas mesmas condição vai se travar a disputa
Chovendo no domingo a rodada ta na trave
O dia já se sabe é o primeiro de cancha enxuta

Depois da carreira grande sempre tem uns picholeio
Corre os cavalo de arreio de serviço das estância
Já desencilhou e no empêlo está montado
Deixou o dinheiro casado com o parceiro da confiança
Vai dando passeio e pedindo cancha pro povo
Pois o cavalo é novo e pode se abrir do trilho
Vão gritando jogo e dando qualquer ousura
E até por rapadura corre o petiço tordilho

Comércio de carreira tem as barracas de pano
Jogam bois de dois anos depois que termina os cobre
Nas patas do cavalo quando conhece a corrida
Já levam por vencida e vão dando luz e dobre
Alguns meio enfunado que perdeu tudo no jogo
Resolve tomá um fogo e a tarde se termina
Vai saí a carreira negro velho e companheiro
Joga o resto do dinheiro e as enchadas da capina

Carreirada em cancha reta velha tradição conserva
Um grito sem reserva de um bom pingo que aparece
A capa sobre o lombo passeia entre os contrários
Encontra adversário enquanto isso a noite desce
Acerta as condição e se reúne os companheiro
Pra casar o dinheiro se defronta as parceria
O laço entrou na cancha o peso é igual marco a parada
Tem outra carreirada pra dalí sessenta dias

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