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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Para uma Mulher (1997) - Bailão do mato grande

Quem não conhece o bailão do mato grande
Não me diga que é taura pois é lá que tem peleia
Sou touro alçado que não se embreta em mangueira
Gosto de baile que levanta polvoadeira

Numa volteada eu cheguei de relancina
Com olhar de gato pardo fui chegando no bailão
Entrei na sala fiz de conta que era manso
E um índio assanhado apagou o lampião

Foi um tendéu quando estorou a peleia
Dei um chute na cadeira e me esquivei prá não tombar
Sou precavido e mais arisco do que sorro
E tinha quatro castelhano que queriam me pegar

Primeiro taio que eu dei com a minha adaga
Deixei a minha marca no couro do desgraçado
Tinha mais três e se vieram que nem touro
Arranquei do meu smith e mandei pro diabo os safados

Na minha crista ninguém toca ninguém pega
E neste baile dei a amostra de quem sou
Pelo pavio acendi o lampião dei um trago pro gaiteiro
E o baile coninuou

Peguei a china mais bonita pra dançar
E as chilenas cutucavam os defuntos
A noite inteira eu fiquei de mestre sala
E para o rancho a china trouxe junto

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